Uma vez instalado como bruxo chefe e instrutor particular do
Rei, o charlatão demanda ouro para suprimentos mágicos, rubis para criar
feitiços e copos de prata para poções. O charlatão guarda esses itens em sua
casa antes de retornar ao palácio, mas este não se apercebe que a velha
“lavadeira” do rei, Babbitty, o vê. Ela observa-o a tirar um galho de uma
árvore que então apresenta ao rei como sendo uma varinha. Esperto como ele é, o
charlatão diz ao Rei que essa varinha não funcionará até que “Sua Majestade a
mereça”.
Todos os dias o Rei e o charlatão praticam sua suposta
“magia”, mas numa manhã o rei e o charlatão ouvem uma risada, e vêem Babbitty
assistindo de dentro da sua casinha, rindo tanto que mal se consegue manter de
pé. O humilhado Rei fica furioso e impaciente, ordenando então, que eles dêem
uma demonstração real de magia em frente do povo no dia seguinte. O desesperado
charlatão diz que é impossível já que ele precisa partir do Reino em uma longa
jornada, mas o agora duvidoso Rei ameaça mandar a Brigada atrás dele. Estando
furioso, o Rei também ordena que se “alguém rir de mim”, o charlatão será
decapitado. Então, nosso tolo e ambicioso Rei sem magia revela-se também ser
orgulhoso e piedosamente inseguro

Na manhã seguinte, os membros da corte se reúnem para
testemunhar a magia do Rei. Num palco, o Rei e o charlatão realizam seu
primeiro ato mágico – fazer o chapéu de uma mulher desaparecer. A multidão
está maravilhada e impressionada, nunca adivinhando que é Babbitty, escondida
num arbusto, que realiza o feitiço. Para o próximo feito, o Rei aponta seu
“galho” para um cavalo, erguendo-o no ar. Procurando ao redor uma ideia ainda
melhor para o terceiro feitiço, o Rei é interrompido pelo Capitão da Brigada,
que segura o corpo de um dos cães de caça do rei. Ele implora que o Rei traga o
cão “de volta à vida”, mas quando o Rei aponta sua varinha ao cão, nada
acontece. Babbitty sorri em seu esconderijo, nem mesmo tentando realizar o
feitiço, pois ela sabe que “magia não pode ressuscitar os vivos” . A multidão
começa a rir, suspeitando que os primeiros dois feitiços tivessem sido apenas
truques.
O Rei fica furioso, e quando ele ordena saber por quê o
feitiço falhou, o esperto e enganador charlatão aponta para o esconderijo de
Babbitty e grita que aquela “bruxa má” está a bloquear os feitiços do rei.
Babbitty corre do arbusto, e quando os Caçadores de Bruxas mandam os cães de
caça atrás dela, ela desaparece, deixando os cães “a latir e a lutar” na base
de uma velha árvore. Desesperado agora, o charlatão grita que a bruxa se
transformou em uma “maça ácida” (o que mesmo nesse tenso e dramático ponto gera
um riso). Temendo que Babbitty se transformasse de volta em uma mulher e o
expusesse, o charlatão ordena que a árvore seja cortada – porque é assim que se
“tratam bruxas más”.
A árvore é derrubada, mas conforme a multidão comemora e
volta para o palácio, uma “alta gargalhada” é ouvida, desta vez de dentro do
tronco. Babbitty, inteligente como é, grita que bruxos e bruxas não podem ser
mortos “cortados pela metade”, e para provar isso, ela sugere que cortem o
instrutor do rei “em dois”. Nisso, o charlatão implora por piedade e confessa.
Ele é arrastado para a masmorra, mas Babbitty não terminou com o tolo do rei. A
sua voz, ainda a sair do tronco, proclama que as ações do Rei invocaram uma
maldição no reino, e cada vez que ele causar danos a um bruxo ou bruxa ele
também sentirá uma dor tão cruel que desejará “morrer por isso”. O Rei, agora
desesperado, cai de joelhos e jura proteger todas as bruxas e bruxos de suas
terras, permitindo-os fazer magia sem danos.
Feliz, mas não completamente satisfeito, o toco cacareja
novamente e ordena que uma estátua de Babbitty seja colocada sob ele para
lembrar o rei de sua “própria tolice”. O “envergonhado Rei” promete que um
escultor criará uma estátua de ouro, e volta para o palácio com sua corte. No
fim, uma “gorda e velha coelha” com uma varinha presa aos dentes sai do buraco
abaixo do tronco e deixa o reino. A estátua de ouro permaneceu no toco para sempre,
e bruxos e bruxas nunca mais foram caçados no reino novamente.
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